Aquivos por Autor: Esposos Misioneros

Cem por um. Comentário para os Esposos: São Mateus 19, 27-29

Evangelho do dia

Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus 19, 17-29

Naquele tempo, disse Pedro a Jesus: «Nós deixámos tudo e seguimos-te. Qual será a nossa recompensa?» Jesus respondeu-lhes: «Em verdade vos digo: No dia da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono de glória, vós, que me seguistes, haveis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.

E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna».

 

Cem por um

O Senhor sempre nos devolve cem por um.

Na nossa vida, a nossa prioridade deve ser Ele, e somente Ele. É verdade que temos “obrigações de estado” e que, ao cumprirmos essas obrigações, também servimos a Deus. No entanto, por vezes o demónio tenta-nos a dar mais importância a certas coisas terrenas do que às divinas.

No Evangelho, Cristo fala-nos de receber cem vezes mais, mas perguntamo-nos: quando nos entregamos ao Senhor, fazemos isso pela recompensa ou por amor? Devemos entregar-nos por Amor, sem esperar nada em troca, pois o simples ato de nos entregarmos já é, por si só, um presente (“Há mais alegria em dar do que em receber.” Actos 20,35). A entrega deve ser sem medida, como disseram muitos santos ao longo da história — é preciso dar até doer.

 

Transposição para a vida matrimonial:

Maria: Amor, ajudas-me a preparar o jantar de hoje? É que a tarde complicou-se com o trabalho e não sei se vou ter tempo.

Karsten: Bem… mas se eu te ajudar hoje, na terça à noite vens comigo àquele jantar com os meus amigos que temos pendente?

Maria: A sério? É que os teus amigos contam piadas pesadas, às vezes exageram e eu fico um pouco desconfortável… Por isso não gosto muito de ir a esses jantares.

Karsten: Tens razão, querida. Desde que nos temos aproximado mais do Senhor, também me custa ir a esses jantares em que se riem de tudo, sem boa intenção… Além disso, peço-te desculpa, porque não devo amar-te com condições. Vou já arregaçar as mangas e preparar um jantar delicioso.

Maria: Que maravilha! Nem imaginas o quanto te agradeço. Estava a pensar… e se mudássemos os planos? Dizemos aos teus amigos para nos encontrarmos na terça-feira capela de Adoração, e depois vamos todos jantar. Assim, podemos aproximá-los do Senhor.

Karsten: Parece-me uma ideia excelente! Assim Jesus vai transformando os seus corações.

 

Mãe,

Ajuda-nos a entregarmo-nos sem limites, sem condições, até doer.

Glória e Louvor ao Senhor, que torna tudo possível.


Paz em casa. Comentário para os Esposos: São Mateus 10, 7-15

Evangelho do dia

Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus 10, 7-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».

 

Paz em casa

Na vida matrimonial, este envio deve ser entendido como a missão que temos de levar o Reino de Deus ao nosso lar, ao nosso cônjuge.

Muitas vezes esperamos que o outro mude, mas temos de ter claro que isso não é o que Jesus nos pede como maridos/mulheres. Ele quer que cada um de nós, independentemente da forma como o outro age, anuncie com as suas obras que o Reino está próximo. Ele está presente e activo no meio do amor humano, e cada um de nós tem a responsabilidade de o mostrar, em primeiro lugar, ao nosso marido/mulher e, depois, aos demais.

Será que mostramos, ao olharmo-nos, ao tratarmo-nos, ao falar do nosso marido / da nossa mulher, que o Reino de Deus está próximo?

O lar matrimonial é essa “casa” que pode acolher a paz de Deus ou rejeitá-la. Acolhamos a Graça para que a paz que desejamos esteja sempre presente no nosso lar.

 

Transposição para a vida matrimonial:

Paloma: Inácio, ultimamente não paro de pensar no testemunho que transmitimos aos outros. Achas que deixamos o bom perfume de Cristo com a nossa presença?

Inácio: Pois, na verdade, talvez não. O respeito humano pesa mais para mim e, sinceramente, não consigo dar esse testemunho que Cristo me pede.

Paloma: Achas que o nosso comportamento é diferente diante de Deus e diante dos outros? Não somos um casal autêntico que age sempre na presença de Deus?

Inácio: Bem, da minha parte, agora que perguntas e me fazes refletir, acho que não é bem assim. Importa-me muito o que os outros pensam e tenho a certeza de que não estou a fazer bem.

Paloma: Olha, também não penses tão mal de ti. Disseste a toda a gente que estavas na catequese de Crisma e também contas a muita gente que estamos num grupo do Projeto Amor Conjugal.

Inácio: Isso é verdade. Se calhar não sou assim tão “mau”. (risos)

Paloma: Inácio, tu não és mau. E muito menos aos olhos de Deus. Mas é bom refletirmos sobre tudo isto muitas vezes, para nunca nos esquecermos de onde estamos, onde Deus quer que estejamos e o que Ele quer de nós, não achas?

Inácio: Sem dúvida. Muito obrigado por me lembrares disso e por me lembrares também que melhorei neste aspeto pela graça de Deus. Cada vez vejo mais claramente que tu és, em todos os momentos, o que preciso para chegar ao Céu. Obrigado, meu amor.

 

Mãe,

Ajuda-me a seguir o teu exemplo de desapego das coisas do mundo, sem precisar levar prata, nem moedas, nem túnica extra, nem sandálias… para cumprir a Vontade de Deus. Louvado seja para sempre.

Ao sair, chegaram. Comentario para os Esposos: Mateus 10, 01-07

Leitura do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus  10, 01-07

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».

Ao sair, chegaram. 

Foram enviados, com a Sua autoridade, para curar e foram curados. Para capacitar e capacitaram-se. Para fazer o bem e acabaram por ser santos. Sairam ao encontró do coração do outro e chegaram ao coração de Cristo.

Como é emocionante podermos testemunhar hoje o início da missão. Um caminho lento de aprendizagem a partir da imaturidade (“Isso nunca te vai acontecer”).  Passando por grandes luzes (“Tu és o Messias, o filho do Deus vivo”). Com sofrimento e quedas (“Não conheço esse homem”). E, sobretudo, cheio de misericórdia e de arrependimento (“Sim, Senhor, tu sabes que te amo”).  Um caminho em direção à plenitude da adesão ao Seu corpo místico, ao Reino de Cristo. Esposos, de que é que estão à espera para responder à chamada? Vamos sair em direção ao coração do nosso esposo/a e responder como seus discípulos, mostrando-nos como somos para que Ele “o faça”. Sigamos as suas instruções com fidelidade e confiança.

Transposição para a vida matrimonial: 

Margarida: Hoje não foi um dia fácil. Entre o caos do trabalho, os miúdos e a nossa discussão de manhã… acabei o dia exausta. E, no entanto, houve algo diferente na forma como lidaste com isso. Estiveste calmo, atento. Sustiveste-me sem dizer muito.

João Carlos:  Eu também estava cansado. Mas enquanto lavava a loiça, veio-me à cabeça o evangelho da missa desta manhã: como Jesus enviou os doze. E pensei… não estará Ele a enviar-nos também a nós, aqui mesmo, nas pequenas coisas?

Margarida: A nós? Assim, tal como estamos?

João Carlos: Sim, para curar quando o outro está ferido, para estar presente quando se está perdido entre tarefas. Ser essa consolação que não precisa de palavras. Acredito que quando Jesus envia, não é apenas para pregar… é para amar como Ele ama. Por vezes no invisível.

Margarida: É verdade. Hoje estava perturbada… e no entanto, quando cheguei a casa e tu me recebeste com um sorriso, algo dentro de mim se acalmou. Não é isto uma cura?

João Carlos: E quando me abraçaste no final do dia, sem censuras, senti-me renovado. Talvez isso também faça parte da autoridade que Jesus dá: ser capaz de fazer o bem com gestos simples, mas reais.

Margarida: Então, hoje fomos enviados… sem sair de casa.

João Carlos: E, ao sermos enviados, aproximámo-nos um pouco mais do coração de cada um… e mais um passinho do coração de Cristo.

Mãe

Tu que, sendo a mãe de Deus, te tornastes a mãe de toda a humanidade, guia-nos neste caminho. Louvado seja o Senhor. Ele é o Caminho.


RETIRO PARA CASAIS LISBOA 19 – 21 SETEMBRO 2025

RETIRO PARA CASAIS LISBOA 19 – 21 SETEMBRO 2025

O Mudo Louvou o Senhor. Comentário para os Esposos: São Mateus 9, 32-38

Evangelho do dia

Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus 9, 32-38

Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio. Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou.

A multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel». Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».

 

O Mudo Louvou o Senhor

Há quinze dias, celebrámos o nascimento de João Baptista e vimos que Zacarias, por duvidar da palavra do Senhor, ficou mudo até fazer o que o Senhor lhe tinha ordenado. Então recuperou a voz e louvou o Senhor.

Também em nós, o demónio entra pela desconfiança. Quantos esposos estão mudos e não louvam o Senhor porque duvidam do seu casamento! E quantos esposos, ao contemplar a beleza do casamento tal como Deus o pensou, ao redescobrir o seu cônjuge como o dom mais precioso que Deus lhes deu, ao descobrir a grandeza do seu sacramento, recuperaram a voz e louvam o Senhor, não podendo ficar calados.

Esposos, vistes em vós os milagres do Senhor! É tempo de trabalhar na Sua seara, anunciando o Evangelho do matrimónio e da família e levando a Jesus os matrimónios cansados e abatidos, para que Ele os cure.

 

Transposição para a vida matrimonial

João: Ontem achei o teu irmão muito triste, não sei… parece-me que ele não está bem com a sua mulher… Acho que devíamos falar com eles e convidá-los para um retiro do Projecto Amor Conjugal. O que achas?

M.ª das Dores: Não sei, ele é assim, mas… talvez tenhas razão e eu não tenha reparado…

João: Além disso, vejo-o… como diz o Evangelho, exausto e abatido, como uma ovelha sem pastor. Ele tem de voltar a recuperar a alegria.

M.ª das Dores: João, gosto tanto de ti… és tão compassivo! Pões-te sempre no lugar dos outros e procuras maneiras de os ajudar e de lhes aliviar o sofrimento… Aprendo tanto contigo!

João: Bem, Dores, bem… tu também… estás sempre pronta a ouvir e aceitas o que te proponho.

M.ª das Dores: Então vou telefonar-lhe agora mesmo e vamos dizer-lhes para virem jantar cá a casa amanhã, para conversarmos calmamente e convidá-los para um retiro, para que conheçam o casamento como Deus o pensou.

João: Que alegria podermos trabalhar juntos na obra do Senhor!

 

Mãe,

Ensina-nos e ajuda-nos a ter um coração compassivo como o Teu e o do Teu Filho. Bendita sejas, Mãe!