Aquivos por Autor: Esposos Misioneros

Acreditas ser possível? Comentário para os Esposos: São Mateus 9, 27-31

Evangelho do dia
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 9, 27-31

Naquele tempo, Jesus pôs-Se a caminho e seguiram-n’O dois cegos, gritando: «Filho de David, tem piedade de nós». Ao chegar a casa, os cegos aproximaram-se d’Ele. Jesus perguntou-lhes: «Acreditais que posso fazer o que pedis?» Eles responderam: «Acreditamos, Senhor». Então Jesus tocou-lhes nos olhos e disse: «Seja feito segundo a vossa fé». E abriram-se os seus olhos. Jesus advertiu-os, dizendo: «Tende cuidado, para que ninguém o saiba». Mas eles, quando saíram, divulgaram a fama de Jesus por toda aquela terra.

Acreditas ser possível?

Quando pedimos algo ao Senhor, fazemo-lo verdadeiramente com fé? Aos cegos do Evangelho de hoje, Ele diz: «Que vos aconteça segundo a vossa fé». A melhor forma de ter fé, e de a fazer crescer, é através da oração perseverante. A oração constante com o Senhor aumenta a nossa confiança n’Ele e assim a nossa fé vai-se fortalecendo. O mais importante é que a Sua vontade se cumpra nas nossas vidas, não esquecendo, no entanto, a oração de pedido e intercessão pelos outros.

Transposição a vida matrimonial:

João: Eduarda, sinceramente, não vejo solução para a situação que os nossos amigos, José e Ana, estão a atravessar. Acho impossível!
Eduarda: Querido, nesta altura, ainda dizes que é impossível? Com todos os milagres que vimos nos retiros, começando pelo nosso próprio casamento…
João: Tens toda a razão, claro. Mas não há maneira de eles quererem fazer o retiro, já tentámos tudo, mas sem nenhum resultado. Na sexta-feira têm uma reunião com o advogado para dar início ao processo de divórcio.
Eduarda: Temos de confiar que Nossa Mãe não considera nenhum casamento perdido. É verdade que tentámos quase tudo, e este «quase» é importante, porque nos faltou o principal: a oração de intercessão. Vamos começar a rezar intensamente para que eles façam o retiro e passar isso aos nossos grupos de oração.
João: Acho ótimo, ofereceremos também sacrifícios de entrega e acolhimento um pelo outro. Confiemos no Senhor, que faz tudo novo

(E poucos meses depois, José e Ana fizeram o retiro e começaram um caminho de construção no seu casamento e família)

Mãe,

Tu és o nosso melhor modelo de fé e confiança em Deus. Ajuda-nos a guardar no nosso coração o que não compreendemos, e a confiar n’Ele. Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento do Altar!


Rocha ou areia? Comentário para os Esposos: Mateus 7, 21. 24-27

Evangelho do dia
 
Leitura do Santo Evangelho segundo S. Mateus 7, 21. 24-27
«Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino do Céu, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está no Céu.Todo aquele que escuta estas minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; mas não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.Porém, todo aquele que escuta estas minhas palavras e não as põe em prática poderá comparar-se ao insensato que edificou a sua casa sobre a areia.Caiu a chuva, engrossaram os rios, sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se, e grande foi a sua ruína.»

Rocha ou areia?

Que fácil é fazer a vontade de Deus e como complicamos a vida,deixando-nos levar pelos nossos próprios critérios. O Senhor fala-nos de uma forma simples e nós damos a volta porque não nos convém ou porque pensamos que não faz mal se deixarmos para mais tarde. Com que facilidade colocamos os prazeres do mundo à frente do chamamento do Senhor. Somos nós que escolhemos.
Pode parecer que são grandes coisas as que Deus nos vai pedir, mas não é assim. Ele começa sempre por nos pedir aquilo que pode parecer mais difícil pela simplicidade que tem, ou seja, amar nas pequenas coisas. Sem nos apercebermos, vamos construindo sobre a rocha. Mas quando pensamos que é pouco e escolhemos agir segundo o nosso critério, sem dar conta, construímos sobre a areia, pois as grandes coisas feitas sem amor desmoronam-se rapidamente.
Nos matrimônios acontece-nos muitas vezes o mesmo: que fácil é amar nas pequenas coisas, nesses pequenos detalhes do dia-a-dia que deixamos passar sem dar importância. Parece que esperamos pelas grandes ocasiões para nos entregarmos e, assim, perdemos a oportunidade de amar naquilo que só Deus vê e que fortalece a nossa comunhão.
Escolhamos amar nas pequenas coisas e construir sobre a rocha, fortalecendo a nossa união e estando juntos mais perto do coração de Jesus.

Transposição para a vida Matrimonial

 

Inácio: Olá Maria, como passaste o dia? Tenho-me lembrado muito de ti.
Maria: Obrigada, querido Inácio, estás sempre tão atento e isso encanta-me.
Inácio: É o mínimo que posso fazer. O Senhor, através da doença que nos enviou, ensinou-me o que é realmente importante.
Maria: É verdade, é incrível como esta doença nos está a unir e o quanto estamos a aprender. Nunca imaginei que, perante a dificuldade, conseguiria responder desta forma.
Inácio: O Senhor sabe mais e permite as provas que sabe que podemos acolher. Além disso, nós só temos de aceitar a Sua vontade.
Maria: Sim, aceitar a Sua vontade e ter a certeza de que o Senhor está ao nosso lado, que nos sustenta e que tudo é para o nosso bem, dá uma tranquilidade e segurança difíceis de explicar. Somos uns privilegiados.
Inácio: Demos graças a Deus por nos ter escolhido como instrumentos da Sua obra.
Maria: Bendito seja Deus.

Mãe,

Ajuda-nos a construir sobre a rocha, amando nas pequenas coisas e aceitando a vontade do teu Filho. Bendito e louvado seja Deus.


Os milagres do Sacrário. Comentário para os Esposos: Mateus 15, 29-37

Evangelho do dia
 
Leitura do Santo Evangelho segundo S. Mateus 15, 29-37
Partindo dali, Jesus foi para junto do mar da Galileia. Subiu ao monte e sentou-se.Vieram ter com Ele numerosas multidões, que transportavam coxos, cegos, aleijados, mudos e muitos outros, e lançavam-nos a seus pés. Ele curou-os,de modo que as multidões ficaram maravilhadas ao ver os mudos a falar, os aleijados escorreitos, os coxos a andar e os cegos com vista. E davam glória ao Deus de Israel.Jesus, chamando os discípulos, disse-lhes: «Tenho compaixão desta gente, porque há já três dias que está comigo e não tem que comer. Não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam pelo caminho.» Os discípulos disseram-lhe: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?»Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Responderam: «Sete, e alguns peixinhos.» Ordenou à multidão que se sentasse.Tomou os sete pães e os peixes, deu graças, partiu-os e dava-os aos discípulos, e estes, à multidão.Todos comeram e ficaram saciados; e, com os bocados que sobejaram, encheram sete cestos.


Os milagres do Sacrário

Contemplamos neste evangelho o que faz Jesus: compadecer-Se, curar e alimentar.
Não é isto mesmo o que continua a fazer hoje a partir de cada Sacrário? Aquela multidão doente e faminta somos nós, e o Coração de Jesus escondido no Sacrário olha para nós com ternura, compadece-Se e deseja curar-nos e alimentar-nos, dando-Se Ele próprio como alimento.
Jesus está vivo e deseja ardentemente que nos aproximemos d’Ele.
Aquele pão que multiplicou na Galileia anunciava este Pão que hoje nos espera no Sacrário, o único capaz de multiplicar também o amor do nosso matrimónio.
A que esperamos para ir até Ele?

Transposição para a vida Matrimonial

Patrícia: Ângelo, às vezes fico angustiada porque não sei se rezo bem. Umas vezes sinto a presença de Deus, mas outras não. Umas vezes Deus dá-me alguma luz… mas tantas outras não, e é como se tivesse a cabeça em branco e o coração em silêncio.
Ângelo: Pois acho que então estás no bom caminho, é normal sentir insegurança na oração. A mim também me acontece. Não creio que haja métodos que possamos controlar… Além disso, que importa! O essencial é o que Deus faz nas nossas almas, não é?
Patrícia: Visto assim tens razão. Então colocar-nos em oração diante do Sacrário é o melhor que podemos fazer. Talvez não sintamos nada, mas Deus está a agir, e essa é a nossa grande riqueza.
Ângelo: Isso mesmo, penso que o importante é a nossa disposição. Nós levamos os nossos pães: a nossa presença, a nossa fé, o nosso amor, a nossa fragilidade e a nossa perseverança… E o Senhor fará o grande milagre: a transformação do nosso coração.
Patrícia: Claro! São os milagres do Sacrário. Lembra-me aquilo que ouvimos uma vez: “eu ponho o meu quase nada” e “Deus põe o Seu quase tudo”. Que boa troca! Que Deus transforme o nosso coração é o maior milagre que acontece todos os dias. Pois então, vamos rezar, que precisamos de muitas horas diante do Sacrário!

Mãe,

Tu foste o primeiro Sacrário da história e guardaste Jesus com o teu amor. Leva-nos até Ele para que neste Advento O possamos abraçar, beijar e cantar-Lhe… Vem, Senhor! Esperamos-Te com todo o nosso coração, temos fome de Ti.
Mãe da Esperança, bendita e louvada sejas!

Simplesmente. Comentário para os Esposos: Mateus 8, 5-11

Evangelho do dia

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 8, 5-11

Naquele tempo, ao entrar Jesus em Cafarnaum, aproximou-se d’Ele um centurião, que Lhe suplicou, dizendo: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico e sofre horrivelmente». Disse-lhe­ Jesus: «Eu irei curá-lo». Mas o centurião res­­pon­­­­deu-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas diz uma só palavra e o meu servo ficará curado. Porque eu, que não passo dum subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens: digo a um ‘Vai’ e ele vai; a outro ‘Vem’ e ele vem; e ao meu servo ‘Faz isto’ e ele faz». Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado e disse àqueles que O seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé. Por isso vos digo: Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa, com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus».

Palavra da salvação.

 

Simplesmente.

O centurião, habituado à autoridade que exercia sobre os seus homens, reconhece que, “simplesmente” pela sua Fé, basta Jesus dizer a palavra para que o seu servo fique curado -e vê isso como algo natural.

Nós, muitas vezes, ficamos angustiados ao tentar compreender os mistérios de Deus e ficamos frustrados quando nos deparamos com a limitação do entendimento.

Aproximemo-nos para, com simplicidade, pedir-Lhe, estar com Ele, desfrutar da Sua presença na Eucaristia.

Temos o modelo de Maria, que acolheu com simplicidade o grande mistério que lhe foi revelado. Confiou no Amor de Deus, mesmo diante daquilo que não compreendia totalmente; encheu o coração de alegria e gratidão – realidade que o Magnificat exprime de forma perfeita.

Transposição para a vida matrimonial

Pedro: Laura, tenho andado muito inquieto nestes dias. Há questões que me custam responder. Parece que, por mais que tente, não consigo compreender a doutrina. Às vezes sinto que a minha fé não é autêntica, sinto-me um pouco falso.
Laura: Às vezes queremos compreender, só com o nosso esforço, aquilo que tantos Padres e Doutores da Igreja receberam do Espírito Santo após muita oração e pela Graça de Deus. Angustiados, corremos o risco de perder a alegria da proximidade de Deus, que está connosco presente na Eucaristia. Pensa na paz que sentimos quando rezamos juntos em silêncio, na oração conjugal ou na adoração eucarística.
Pedro: Tens razão. Continuarei a ler e a rezar, esperando poder receber a graça do entendimento.

 

Mãe

Ajuda-nos a aproximar-nos de Jesus com a Tua simplicidade, com a Fé de que Ele nos dará aquilo de que precisamos. Ámen.

Louvado seja Deus!


Estai vigilantes. Comentário para os Esposos: Mateus 24, 37-44

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 24, 37-44

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Como aconteceu nos dias de Noé, assim sucederá na vinda do Filho do Homem.

Nos dias que precederam o dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca; e não deram por nada, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim será também na vinda do Filho do Homem. Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e outro deixado. De duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e outra deixada.

Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor.

Sabei que, se o pai de família a soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria, sem dúvida, e não deixaria arrombar a sua casa.

Por isso, estai vós também preparados, porque na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem».

Estai vigilantes

Hoje o Senhor mostra-nos a importância de vigiarmos, preparados para quando Ele vier buscar-nos.
Devemos ter o coração sempre disposto ao Amor, à Misericórdia, ao serviço, a acolher a Sua vontade, abertos à Sua Graça: com a oração, os Sacramentos, a Eucaristia, a confissão; porque não sabemos quando será o momento em que Ele nos chamará, e sobretudo recorrer à Graça do nosso Sacramento, o nosso matrimónio.
Não nos distraiamos nem nos deixemos levar pelas nossas fraquezas, enganando-nos a nós próprios, dizendo que ainda falta muito tempo.
Estejamos atentos no nosso dia a dia, na nossa vocação, esquecendo-nos de nós mesmos e sempre atentos um ao outro como a ajuda adequada que somos, esse dom tão precioso que é o meu esposo, que Deus me deu para nos ajudarmos na nossa salvação. E se um tem dificuldade, o outro anima. Se um se deixa levar pelas suas fraquezas, rezamos por ele ou por ela, sempre unidos na oração. Se um humilha, o outro perdoa. Se um se afasta, o outro ajuda-o a regressar. Se um chora, o outro consola-o. Se um se alegra, o outro acompanha-o, partilhando essa alegria. E assim, quando o Senhor passar, que nos encontre vigilantes.
Ajudemo-nos a crescer na Fé e na Caridade, para que a Esperança na salvação vá crescendo, e juntos possamos chegar ao Céu.

Transposição para a vida matrimonial:

Xavier: Lurdes, devíamos ir mais vezes à Eucaristia.
Lurdes: Olha, Xavier, por favor, não comecemos. Já sabes que não temos tempo: o trabalho, as crianças, a casa…
Xavier: Eu acho que podíamos arranjar algum tempo, porque, como nos dizem sempre no Projeto, recorrer à Graça é o mais importante, é o que temos de priorizar.
Lurdes: Pois, eu priorizo comer e todas as tarefas que há para fazer. Tu, como não te importas, não priorizas. Claro, já o encontras tudo arrumado!
Xavier: Bem, pode ser que tenhas razão. Prometo ajudar-te mais com os miúdos e com as coisas da casa, mas promete-me que vamos rezar sobre isto.
Lurdes: Mas eu já rezei…

(Nessa noite, na oração conjugal)

Lurdes: Xavier, perdoa tudo o que te disse esta tarde. Deus mostra-me hoje que o importante é a vida de Graça, estar com Ele, a Eucaristia, a confissão. Ele pede-me que esteja vigilante, sempre preparada, porque não sabemos nem o dia nem a hora. Perdoa-me, de verdade. Deixei-me enredar pelo maligno e caí na sua armadilha.
Xavier: Mulher, estás perdoada. Perdoa-me tu também, porque é verdade que não dou a mesma importância que tu dás às coisas da casa, que tão bem cuidas, e não te ajudo nem te agradeço.
Lurdes: Estás perdoado, marido. Vamos tentar arranjar tempo para irmos à Eucaristia mais vezes, até com as crianças, que não lhes fará mal. Vão aprender como Cristo é importante para os seus pais.
Xavier: De acordo. Eu farei mais coisas em casa, e quando me esquecer, lembra-me tu, que já vês como sou distraído.

Mãe da esperança,

Ajuda-nos a estar sempre à espera, sempre preparados para a chegada do Teu Filho.
Louvado seja para sempre!