Evangelho do dia
Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus 8,28-34
Naquele tempo, quando Jesus chegou à região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro, saindo dos túmulos, dois endemoninhados. Eram tão furiosos que ninguém se atrevia a passar por aquele caminho. E disseram aos gritos: «Que tens que ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?». Ora, perto dali, andava a pastar uma grande vara de porcos. Os demónios suplicavam a Jesus, dizendo: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos». Jesus respondeu-lhes: «Então ide». Eles saíram e foram para os porcos. Então os porcos precipitaram-se pelo despenhadeiro abaixo e afogaram-se no lago. Os guardadores fugiram e foram à cidade contar tudo o que acontecera, incluindo o caso dos endemoninhados. Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Quando O viram, pediram-Lhe que Se retirasse do seu território.
Amar na dificuldade
Há alguns dias, rezámos, no Evangelho, a parábola do Bom Pastor, em que Jesus parte em busca da ovelha perdida, deixando as outras 99. Neste caso, mesmo sabendo da rejeição de todos pelos dois possessos, Jesus vai mais longe, escolhe amar, tem compaixão dos dois possessos. Como sempre, tem a iniciativa de ir ao encontro, de chamar os necessitados. Cristo não se afasta do pecador, rejeita o pecado, mas não o pecador, que se aproxima para ser curado. Mas Ele precisa da nossa aceitação, da nossa vontade de viver com Ele, para Ele e n’Ele, reconhecendo que sozinhos não conseguimos. Nós colocamos o nosso quase nada, a nossa vontade, e Cristo coloca o Seu Tudo, enchendo os nossos corações com o Seu amor curativo e misericordioso.
Transposição para a vida matrimonial:
João: Angélica, sinto-me muito feliz depois do retiro do Projeto Amor Conjugal que vivemos.
Angélica: Sim, saí muito entusiasmada, com a esperança de vivermos renovados, com outro olhar, mas já se passaram duas semanas e acho que não vamos conseguir.
João: Porque é que diz isso? É verdade que fizemos a oração conjugal nos primeiros 4 dias e nos outros dias não a fizemos.
Angélica: Não sei se vale a pena o esforço, porque continuamos a ser os mesmos. Continuo a pensar mal de ti, como quando chegaste ontem tarde, e hoje quando não me deste um beijinho quando acordei.
João: Tu própria, Angélica, disseste nos dias em que rezámos juntos, que havia uma paz na casa que não experimentavas há muito tempo e que estavas feliz porque já não pensavas mal de mim. Eu gostava de continuar a tentar, e como nos disseram: Deus pede-nos o nosso quase nada, a nossa vontade de perseverar.
Angélica: Tens razão. Sabes que me vai custar muito, por isso peço-te que sejas paciente comigo, embora me dê esperança estar a ver uma mudança em ti que só pode vir de Deus. Por isso obrigada, João, por insistires em viver o nosso casamento como Deus o pensou.
João: Lembraste-te do cartaz! Não nos podemos esquecer, OK? Também te lembras de “tanto se portou como um homem apaixonado, que se apaixonou de novo”? Bem, é o que está acontecer comigo.
Angélica: Ai João, só tu!!! Vamos invocar o Espirito Santo e rezar com o Evangelho de hoje.
Mãe,