
Crer para ver. Comentário para os Esposos: São João 20, 24-29

Amar na dificuldade. Comentário para os Esposos: São Mateus 8,28-34
Evangelho do dia
Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus 8,28-34
Naquele tempo, quando Jesus chegou à região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro, saindo dos túmulos, dois endemoninhados. Eram tão furiosos que ninguém se atrevia a passar por aquele caminho. E disseram aos gritos: «Que tens que ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?». Ora, perto dali, andava a pastar uma grande vara de porcos. Os demónios suplicavam a Jesus, dizendo: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos». Jesus respondeu-lhes: «Então ide». Eles saíram e foram para os porcos. Então os porcos precipitaram-se pelo despenhadeiro abaixo e afogaram-se no lago. Os guardadores fugiram e foram à cidade contar tudo o que acontecera, incluindo o caso dos endemoninhados. Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Quando O viram, pediram-Lhe que Se retirasse do seu território.
Amar na dificuldade
Há alguns dias, rezámos, no Evangelho, a parábola do Bom Pastor, em que Jesus parte em busca da ovelha perdida, deixando as outras 99. Neste caso, mesmo sabendo da rejeição de todos pelos dois possessos, Jesus vai mais longe, escolhe amar, tem compaixão dos dois possessos. Como sempre, tem a iniciativa de ir ao encontro, de chamar os necessitados. Cristo não se afasta do pecador, rejeita o pecado, mas não o pecador, que se aproxima para ser curado. Mas Ele precisa da nossa aceitação, da nossa vontade de viver com Ele, para Ele e n’Ele, reconhecendo que sozinhos não conseguimos. Nós colocamos o nosso quase nada, a nossa vontade, e Cristo coloca o Seu Tudo, enchendo os nossos corações com o Seu amor curativo e misericordioso.
Transposição para a vida matrimonial:
João: Angélica, sinto-me muito feliz depois do retiro do Projeto Amor Conjugal que vivemos.
Angélica: Sim, saí muito entusiasmada, com a esperança de vivermos renovados, com outro olhar, mas já se passaram duas semanas e acho que não vamos conseguir.
João: Porque é que diz isso? É verdade que fizemos a oração conjugal nos primeiros 4 dias e nos outros dias não a fizemos.
Angélica: Não sei se vale a pena o esforço, porque continuamos a ser os mesmos. Continuo a pensar mal de ti, como quando chegaste ontem tarde, e hoje quando não me deste um beijinho quando acordei.
João: Tu própria, Angélica, disseste nos dias em que rezámos juntos, que havia uma paz na casa que não experimentavas há muito tempo e que estavas feliz porque já não pensavas mal de mim. Eu gostava de continuar a tentar, e como nos disseram: Deus pede-nos o nosso quase nada, a nossa vontade de perseverar.
Angélica: Tens razão. Sabes que me vai custar muito, por isso peço-te que sejas paciente comigo, embora me dê esperança estar a ver uma mudança em ti que só pode vir de Deus. Por isso obrigada, João, por insistires em viver o nosso casamento como Deus o pensou.
João: Lembraste-te do cartaz! Não nos podemos esquecer, OK? Também te lembras de “tanto se portou como um homem apaixonado, que se apaixonou de novo”? Bem, é o que está acontecer comigo.
Angélica: Ai João, só tu!!! Vamos invocar o Espirito Santo e rezar com o Evangelho de hoje.
Mãe,

Resgatados. Comentario para os Esposos: Mt 8,23-27
Leitura do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 8, 23-27
Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos seguiram-no. Levantou-se, então, no mar, uma tempestade tão violenta, que as ondas cobriam o barco; entretanto, Jesus dormia. Aproximando-se dele, os discípulos despertaram-no, dizendo-lhe: «Senhor, salva-nos, que perecemos!» Disse-lhes Ele: «Porque temeis, homens de pouca fé?» Então, levantando-se, falou imperiosamente aos ventos e ao mar, e sobreveio uma grande calma. Os homens, admirados, diziam: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»
Resgatados.
Senhor, hoje dizes-nos que guardamos um pedaço do nosso coração para nós e que não to entregamos, como Teus filhos, porque nos falta a fé perante as dificuldades.
Dizes-nos que descansemos no Teu plano, que quando as dificuldades se interpõem entre nós, Tu te tornas mais forte e mais poderoso se nos voltarmos para a Graça na oração e nos sacramentos, especialmente no nosso sacramento do matrimónio.
Nas dificuldades, se nos comportarmos como Teus filhos e nos voltarmos para Ti, Tu demonstras o Teu poder e salvas-nos da tempestade, elevando o nosso sacramento com toda a Tua Graça e com todo o Teu Poder.
Transposição para a vida matrimonial
Carmo, ao chegar a casa para almoçar: “Olá, amor, como foi a tua manhã?
Elias: Má. E não quero falar sobre isso.
Carmo: Mas que culpa tenho eu de que o dia te tenha corrido mal? Vai mas é passear, que eu já tenho muito com que me ocupar!
Elías, depois de rezar durante a tarde, com a graça de Deus e do seu sacramento, decide ir ter com a Carmo: Querida, perdoa-me, porque hoje ao almoço o meu orgulho veio ao de cima perante as dificuldades que estou a passar no trabalho, e em vez de me virar para ao Senhor, respondi-te mal.
Carmo: Não te preocupes Elias, eu também não te ajudei, e em vez de te acolher e compreender, também te magoei.
Elias: Achas que agora, na oração, podemos pedir ao Senhor que nos ajude a confiar mais nos seus planos?
Carmo: Acho que é uma ótima ideia! E amanhã oferecemos isso ao Senhor na missa.
Nós os dois juntos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Mãe,
Que possamos, como tu, dizer “sim” ao projeto de Deus. Ensina-nos a dizer: “Faça-se em nós segundo a tua palavra”. Louvemos o Senhor.

Senhor, queremos seguir-te. Comentario para os Esposos: Mt 8, 18-22
Leitura do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 8,18-22
Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».
Senhor, queremos seguir-te
Muitas vezes, o passado retém-nos, impede-nos de nos aproximarmos do Senhor, porque estamos ancorados no que fizemos, na forma como vivemos mal o nosso casamento durante tantos anos, nos nossos medos de voltar a cair. Olhamos para nós próprios, para as nossas forças, para as nossas ideias e projectos. Lambemos as nossas feridas. E perdemos a esperança.
Hoje, o Senhor diz-nos para deixarmos para trás os nossos “mortos”, as nossas más experiências, os nossos pecados e a nossa falta de amor e de delicadeza; e para olharmos para Ele. Que possamos começar de novo, com um desejo renovado de viver o nosso matrimónio como o Pai o pensou. Agora é diferente, porque vamos de mão dada com a sua mão preciosa, ferida por amor; e com a alegria de O termos encontrado. Sim, Senhor, queremos seguir-te e não ficar a enterrar os nossos mortos.
Que grande alegria percorrer este caminho contigo. Bendito sejas, Senhor, Tu és o nosso Amor.
Transposição para a vida matrimonial:
Sara: Esposo, sinto-te triste.
João: É verdade. É que, às vezes, lembro-me dos anos que perdemos com a destruição do nosso casamento, do que nos fizemos sofrer um ao outro, e fico triste.
Sara: Tens razão; passámos por anos muito difíceis. Mas agora, com este novo olhar que temos um sobre o outro, com este entusiasmo por construir o nosso matrimónio e com esta presença de Jesus nas nossas vidas, a verdade é que deveriamos encher os nossos días de louvores e acções de graças ao Senhor.
João: Obrigado, Sara. Como me ajudas. Sabes que sou um pouco melancólico e tenho a impressão de que o diabo põe aí o seu dedo para me fazer perder a esperança e a alegria.
(E o João e a Sara voltaram a olhar para o Senhor, a segui-lo pelo caminho, cantando e louvando a Deus. Entusiasmados com o seu chamamento a viver a Caridade conjugal).
Mãe,
Ajuda-nos a olhar para Jesus, a olhar todos os dias para o caminho precioso que Ele nos abriu para vivermos o nosso casamento como o Pai o pensou. Louvado seja por nos ter mostrado esse caminho.

