Deixar-se abençoar por Jesus. Comentário para os esposos: Lucas 1,39-56

Evangelho do dia 
Leitura do Santo Evangelho segundo São Lucas 1,39-56

Naquele tempo, apresentaram umas crianças a Jesus, para que lhes impusesse as mãos e orasse sobre elas. Mas os discípulos afastavam-nas. Então Jesus disse: «Deixai que as crianças se aproximem de Mim; não as estorveis. Dos que são como elas é o reino dos Céus». A seguir, impôs as mãos sobre as crianças e partiu dali.

 

Deixar-se abençoar por Jesus.
Neste Evangelho vemos como, provavelmente, uns pais ou avós, levam umas crianças até Jesus para que Ele as abençoe e, apesar das reticências dos discípulos, Jesus impõe-lhes as Suas mãos e abençoa-as. Que importante é aproximar-se e apresentar-se diante de Jesus para pedir a Sua bênção!
Mas… como é que me aproximo do Senhor? Com a minha autossuficiência, com a minha lógica humana? Ou com a confiança de uma criança, de um filho pequenino que sabe que precisa do seu Pai? E apresento cada dia o meu marido / a minha mulher a Jesus para que o abençoe? Ou, como os discípulos, repreendo-o e impeço-o de se aproximar porque o(a) vejo “sujo(a)” com os seus pecados, ou indigno(a) por me ter magoado?
Jesus deixa bem claro que a Sua lógica é diferente da nossa. Ele olha para o íntimo e vê a disposição do coração; abençoa as crianças que, simples, dóceis e confiantes, se aproximam d’Ele. E — que surpresa! — o Senhor diz aos discípulos que é precisamente dos que são como crianças que é o Reino dos Céus. Assim, se me fizer como uma criança, se me reconhecer necessitado, se depositar toda a minha confiança em Deus, meu Pai, e acreditar que aquilo que Ele me pede é realmente o melhor plano que posso ter, então posso já viver o Reino dos Céus!

Não nos esqueçamos de agradecer a Deus por aqueles que nos aproximaram do Senhor e não deixemos de apresentar Jesus àqueles que ainda não O conhecem — especialmente aos que temos mais perto.

 

Transposição para a vida Matrimonial:
Rafa: Olá, Maria, já estou em casa.
Maria: Olá, Rafa. Como correu o voo?
Rafa: Uff… Desta vez tive medo. Houve imensa turbulência, tanto que até rezei. E tu sabes como eu acredito pouco em rezas… Mas sabes o que mais me surpreendeu?
Maria: Não… O quê?
Rafa: Uma criança que estava completamente tranquila enquanto todos nós tremíamos. E quando lhe perguntaram se não tinha medo, respondeu que não, porque o pai dele é que estava a pilotar o avião. Que grande confiança que ele tinha no pai!
Maria: Não é para menos. Era o pai dele! Se uma criança confia no seu pai terreno porque acredita que ele é o melhor, que tudo pode, e que, como o ama, lhe vai dar o melhor… então tornar-se como uma criança é isso mesmo em relação a Deus, nosso Pai. E como Ele nos ama a cada um, e tudo sabe, e tudo pode… achas que nos vai dar algo mau? Ter essa fé n’Ele, nos Seus desígnios, acreditar que Ele nos dá sempre o melhor — mesmo quando não o entendemos — isso é fazer-se como uma criança diante de Deus.
Rafa: Que reflexão tão bonita. Maria, podes ajudar-me a aproximar-me mais do Senhor? Sabes que não tenho a tua fé, mas gostava de a ter.
Maria: Claro que sim, Rafa. Que alegria! O que achas de fazermos aquele retiro para casais do Projeto Amor Conjugal, de que os nossos amigos falaram tão bem? Acho que seria um bom começo…
Rafa: E porque não? Confio em ti, e neles. Mal não nos vai fazer. E se ainda por cima nos ajuda e nos aproxima do Senhor…

Maria: És o maior. Amo-te.

 

Mãe,

Leva-nos pela tua mão e, tal como apresentaste o teu Filho no templo, apresenta-nos cada dia a Jesus para que Ele nos abençoe. Bendita sejas, Mãe! Louvado seja o Senhor!

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